Jack White inovou na estratégia de lançamento do seu single “Freedom at 21”: a Third Man Records lançou ontem mil balões de gás hélio com uma cópia do disco amarrada.

No site da gravadora, uma mensagem diz que a ação “buscava explorar as formas não tradicionais de distribuição de músicas” e era “uma forma de fazer discos chegarem às mãos de pessoas que não compram em lojas”.

Serão poucos os sortudos a ouvir a música em primeira mão: as estatísticas mostram que aproximadamente 10% dos balões como esses soltos no ar são recuperados.

“É possível, então, que menos de cem dos mil discos lançados sejam descobertos. Independente dos números, o ‘Freedom at 21’ vai certamente ser um item de colecionador muito procurado por anos”, diz a mensagem da gravadora.

Essa não é a única novidade curiosa da Third Man. No dia 21 de abril, a gravadora lançará uma edição limitadíssima do single. Será um vinil transparente com “um líquido azul psicodélico” por dentro.

Confira os vídeos abaixo:

YouTube Direkt

YouTube Direkt

Se já não bastasse o Sónar, quem curte eletrônico tem mais uma opção incrível neste primeiro semestre.  De 3 de abril até maio rola o  NOVA, mais um eventdo dedicado à arte contemporânea e flerta com o eletrônico e arte digital. Mais informações pelo site http://novafestival.com/2012/br/tag/sp/.

Shows e intervenções artísticas serão no MIS e no Sesc Pompeia.

Ao que interessa: 10 de maio, Gonjasufi e Mouse on Mars no Sesc Pompeia.

Logo mais o Remix vai fazer um guia de sobrevivência Sónar e NOVA, para quem está perdido no meio de tanta atração gringa pouco conhecida por essas bandas.

Foi o hitzão “Young Blood” que encerrou o show do The Naked and Famous, sexta, no Cine Joia. O Remix fez algumas imagens. Da fotógrafa Giselle Katics.

Eu não disse que o cara que produziu “Back to Black” não tinha feito a grudenta “The Perfect World?”.

venderam gato...

Hoje Mark acabou de negar muito pelo Twitter  sua participação no tal novo álbum

“i didn’t produce a single shred of music on the new Gossip album. it was produced by Brian Higgins of Xenomania. we are two separate people”

por lebre

Brian Higgins é um produtor inglês famoso por produzir DISCOS POP, de gente como KYLIE MINOGUE E PET SHOP BOYS. Daí veio o lance new rave da música…

Mais desdobramentos desse enrosco, barraco, a gente bota por aqui.

Dica da jornalista Stefanie Gaspar, que  deve passar o dia colada no Twitter, né. 🙂

Evitei ao máximo escrever esse post. Já faz uns dias que saiu a música nova, “Perfect World”, do The Gossip. E eu aqui, enrolando. O motivo? Queria dizer que adorei, achei incrível, uau! Lancem logo todo esse disco, peloamor, que eu não aguento mais esperar, é Beth Ditto sob a batutona de Mark Ronson!

Beth, a gente gosta de você assim, nesse jeito seu

Mas não.

Quando apareceu no site, ouvi esbaforida no meio do expediente. A voz de Beth Ditto, que eu tanto curto, me irritou profundamente. “A mina está me tirando com essa [voz-inha]!”. Pensei: estou de mau-humor, minha chefe vai pensar que estou enrolando no trabalho repetindo  esse treco quinhentas mil vezes na orelha.

Vou para casa ouvir esse lance direito.

Dei mais uma chance, agora, no aconchego do lar. A bad continuou. E achei o ponto de irritação, ali, por volta dos 3:21. A virada é pop demais, imaginei o povo rasgando as goelas cantando isso na Balada Mixta. Pronto. Achei muito pop.

Ok, está mais dançante, deram um “cutucar” na new wave, mas eu esperava mais. Puxa, Mark Ronson? Você fez o “Back to Black”, cara! O que fizeram com aquela Beth Ditto demônia? Sou a favor de demonização de Beth Ditto. Sempre. O disco inteiro sai em junho.

Se alguém curtiu muito, sério, fala aí. Queria me convencer mesmo que estou errada e numa semana chata de bode monstro.

Mas se teve alguma novidade que me balançou, foi isso, a nova do Jack White do seu aguardado primeiro disco solo, “Blunderbuss”:

versão ao vivo

Ai, a vontade de fazer um air-guitar no meio da firma…

E termino esse post a girar e girar, no melhor estilo “Berenice, vamos bater”, ao som do delicioso teaser do novo disquinho do Hot Chip. Tomara que seja melhor que o último.  Esse, só “Take it in” salvou. Também para junho, muitas emoções para o meio deste ano.

Acreditem, rola essa barbárie. No começo do ano, já tinha ouvido alguém reclamar de ter visto uma pessoa no Cine Joia portando um singelo Ipad na frente da plateia, em punho, registrando cada nota do show do Jeneci. Aliás, foi no blog do Diego Sapia Maia . De pertinho, nunca tinha testemunhado. Ou sido vítima, como fui neste domingo durante o show do Morrissey.

Vai brincar disso em CASA

No caso, uma senhora (só o jeito de)  simpática, aparentava mais de 40 anos. Baixinha, segurava com esmero o tabletão, inclusive, com afinco, pois era difícil para a tal fã conseguir cantar as músicas, enxergar Morrissey e sua berrante camisa a muitos metros de distância na imensa dark-room chamada Espaço das Américas (ou sauna). E ainda registrar tudo isso com aquela geringonça maldita da maçã mordida.

Imagino que o áudio deve ter ficado sofrido pacas, maiss sofrida ainda fiquei eu, logo atrás daquela obra-prima do design tecnológico, nos meus 1,58, tapando minhas chances de ver ao menos o topete desmanchado do Morrissey. Bufei, ela não ouviu. Reclamei meio alto para a amiga, ela se fez de surda. Cutuquei e pedi licença, ela só mexeu a cabeça, abaixou o equipamento por alguns segundos (muito mais por estar cansada do que comovida pela minha pessoa ou pelos demais que ali estavam). Cinco minutos…

Ela voltou com tudo. Brigar? Perderia mais uma música. O jeito foi sair fora. Os demais fizeram o mesmo.

Agora, eu me pergunto: será que agora ela está conseguindo assistir alguma imagem decente daquele show? Ou pior. Qual é a imagem que ela guarda na cachola quando se lembra da noite de ontem? Um rabisco na tela para postar nas redes sociais ou a memória um de um Morrissey suado, de verdade, de camisa aberta, ali na frente de todo mundo, mesmo de longe?

Triste. Tomara que não vire moda.

A passagem da banda canadense Japandroids pelo Beco 203 na sexta fez queixos caídos pipocarem na plateia guarnecida de all stars e camisas xadrez. Era difícil crer que toda aquela barulheira ritmada com riffs poderosos vinham só dos dedos e bocas de dois caras, David Prowse e Brian King.

Em mais de um hora, mandaram com gosto nas auriculares do público as músicas do elogiado Post-Nothing (2009) e deram boas palhinhas do disco novo, como “Adrenaline Nightshift”, que também foi tocada no show surpresa da dupla na Casa do Mancha, um dia antes. Eles mandam muito bem ao vivo, fato.

Em entrevista ao Remix, o gente-fina David Prowse disse estava com medo de chegar em São Paulo e encontrar ninguém na plateia_eles não tinham nenhuma noção de quantas pessoas curtiam o som deles por aqui.  De certeza, só sabiam que tinham um amigo na cidade que viria.

Já quando o tema é o famoso “Post Nothing”, o disco que fez os dois estudantes canadenses ficarem conhecidos mundo afora, a maior palavra é surpesa. “Nunca imaginaria que um disco gravado de forma capenga, em cinco dias, bebendo muito uísque, fosse mudar nossas vidas”, disse Prowse.

Para o próximo, que vem sob o peso de afirmar se eles são realmente uma banda digna de ter ganho espaço entre as “best new band” do Picthfork, o esquema é outro. “A nota alta do Pitchfork nos fez viajar e cantar para gente que jamais imaginaríamos. Neste disco, tivemos mais grana e colocamos mais pressão sob nós”, complementou.

Mas nem tudo são flores quando o tema é turnês mundiais. “Em seguida, após o álbum sair viajamos por um ano e meio. Turnê é difícil de explicar. É uma experiência muito bipolar. Em vários momentos é inspirador, excitante, cansativo, monótono. Alguns dias você perde a sua namorada, ou sua cama, ou o seu gato, ou o que quer. A maioria dos dias você está tendo um grande momento, mas quando as coisas vão mal, eles ficam muito ruins MESMO.
Desabafo. Ui.

Hoje faz dezoito anos que o velho safado se foi. Despeitado, bocudo, Charles Bukowski deu voz aos perdedores e, se você não faz questão de ser o melhor da turma, não há como ficar indiferente a obras como “Misto Quente” ou “Mulheres”.

Até tu

E por que se gosta tanto dele? Autenticidade nas palavras, o que estava escrito, era ele mesmo. Dando uma fuçada pelo YouTube, encontrei uma entrevista dele da década de 70 num programa francês chamado Apostrophes. Era Bukowski ali ou Henry Chinaski? Gênio.

E você pode gostar também. Formada por rapazolinhas de  vinte e poucos anos, a banda Dorgas é do Rio e faz um sonzinho gostoso, naquela pegada chillwave. E faz mais de um ano que estão dando o que falar…

oi?

Em janeiro, tocaram na Neu. Devem se apresentar por aqui no Sesc Pompeia, na programação do Prata da Casa, dia 20. Aliás, a agenda do Prata da Casa está bem legal neste ano, se engalfinhando por outros ares além da nova MPB. Agradecemos.