Band of Horses toca hoje em São Paulo; leia entrevista
21/05/12 14:21“Acho que nunca voltamos em tão pouco tempo ao mesmo lugar”, foi o que me disse por telefone, na última quarta-feira, Ben Bridwell, vocalista do Band of Horses.
Pouco mais de 40 dias depois de encerrar –quer dizer, não mais– a turnê do disco “Infinite Arms”, de 2010, no Lollapalooza Brasil, a banda voltou país para dois shows (Rio e São Paulo).
E sábado, no Rio, fez uma baita apresentação, para um público mirrado – acho que pouco mais de 300 pessoas. O repertório diferiu pouco do tocado no Lolla, houve uma ou outra alteração na ordem das músicas que deixou o show mais encorpado, com um crescente. O que deve se repetir hoje, em São Paulo, quando eles tocarão no Beco 203.
Um conselho? Vá ao show!
Mas antes dá uma sacada na conversa com Bridwell, que voltou a morar na Carolina do Sul depois de anos em Seattle. Ele falou sobre o novo disco do grupo, que está gravado e será lançado em setembro, o que anda ouvindo e o que mudou na vida da banda depois de deixarem a SubPop, gravadora indie respeitada, pela Columbia, uma “major”
BRASIL
“Quando nos disseram que íamos ao Brasil fiquei receoso pois não tínhamos lançado nenhum disco aí. Mas, cara, que grande surpresa. Foi bom ver tanta gente cantando as músicas”
DISCO NOVO 1
“Terminamos de gravar o disco novo não faz muitos dias, em Los Angeles. É óbvio que há uma pressão enorme. ‘Infinite Arms’ foi um álbum cuja repercussão superou nossas expectativas. De repente estávamos nas listas de melhores lançamentos do ano, fazendo uma turnê gigantesca, cansativa mas muito feliz, sabe? Agora temos de apresentar um trabalho surpreendente a essas pessoas que já nos acompanham ou nos conheceram enquanto divulgávamos ‘Infinite’”
DISCO NOVO 2
“Optamos por uma gravação sem muitos recursos tecnológicos. O disco soa como Band of Horses ao vivo, mais pesado, mais cru, mais espontâneo. Não foram usados programas de edição de áudio. Os melhores ‘takes’ foram conseguidos com muito esforço e dedicação. Eu diria que é diferente do que já fizemos, mas eu gosto muito quando o ouço e consigo sentir que ainda é Band of Horses lá, sabe?”
SUBPOP X COLUMBIA
“Nós temos muito, muito orgulho de termos sido lançados pela SubPop. Mas a Columbia me pareceu um caminho natural por uma questão de estrutura e logística. Hoje conseguimos chegar a um público maior, os discos são lançados em mais países, por exemplo”
SEATTLE
“As pessoas ainda ligam Seattle ao grunge e fica surpresa por nós, uma banda folk, rock, sei lá, tenha sido formada na cidade. Mas não é estranho. O grunge ficou na memória afetiva do lugar, mas há uma infinidade de novas bandas, mais indies e muitos, muitos lugares onde se ouve jazz, blues, mais do que rock eu diria”
CAROLINA DO SUL
“Voltei para cá porque cresci (risos) – Bridwell nasceu em Irmo e cresceu em Tucson, no Arizona. Eu casei em 2009, agora estou com 34 anos e duas filhas lindas. Achei que era hora de sossegar um pouco, de ter uma vida calma. É mais ou menos o que faço quando não estou em turnê. Saio com minha mulher, vou ao cinema, faço compras, levo as crianças na escola. Virei um pai de família exemplar (risos)”
BRASIL 2
“Antes desses dois shows de agora tínhamos o plano de uma turnê sul-americana para o começo do próximo ano. Acho que vai rolar e, melhor, já com disco novo na bagagem. Espero que o lancem aí”
ESTOU OUVINDO
“Cara, eu ando muito pirado nesse disco do Michael Kiwa…nuka! Michael Kiwanuka, isso! Como ele canta! E as letras são todas maravilhosas, os arranjos. Confesso que quando ouvi o disco dele tive até inveja (risos). Se eu tivesse de recomendar um disco para ouvir hoje, seria ‘Home Again’”
BAND OF HORSES
ONDE: Beco 203, Rua Augusta, 609 – São Paulo
QUANDO: hoje, às 22h30
QUANTO: R$ 120 (+ open bar)
eae?! morreu isso aqui??