Japandroids detonou com novas músicas em SP
12/03/12 21:52A passagem da banda canadense Japandroids pelo Beco 203 na sexta fez queixos caídos pipocarem na plateia guarnecida de all stars e camisas xadrez. Era difícil crer que toda aquela barulheira ritmada com riffs poderosos vinham só dos dedos e bocas de dois caras, David Prowse e Brian King.
Em mais de um hora, mandaram com gosto nas auriculares do público as músicas do elogiado Post-Nothing (2009) e deram boas palhinhas do disco novo, como “Adrenaline Nightshift”, que também foi tocada no show surpresa da dupla na Casa do Mancha, um dia antes. Eles mandam muito bem ao vivo, fato.
Em entrevista ao Remix, o gente-fina David Prowse disse estava com medo de chegar em São Paulo e encontrar ninguém na plateia_eles não tinham nenhuma noção de quantas pessoas curtiam o som deles por aqui. De certeza, só sabiam que tinham um amigo na cidade que viria.
Já quando o tema é o famoso “Post Nothing”, o disco que fez os dois estudantes canadenses ficarem conhecidos mundo afora, a maior palavra é surpesa. “Nunca imaginaria que um disco gravado de forma capenga, em cinco dias, bebendo muito uísque, fosse mudar nossas vidas”, disse Prowse.
Para o próximo, que vem sob o peso de afirmar se eles são realmente uma banda digna de ter ganho espaço entre as “best new band” do Picthfork, o esquema é outro. “A nota alta do Pitchfork nos fez viajar e cantar para gente que jamais imaginaríamos. Neste disco, tivemos mais grana e colocamos mais pressão sob nós”, complementou.
Mas nem tudo são flores quando o tema é turnês mundiais. “Em seguida, após o álbum sair viajamos por um ano e meio. Turnê é difícil de explicar. É uma experiência muito bipolar. Em vários momentos é inspirador, excitante, cansativo, monótono. Alguns dias você perde a sua namorada, ou sua cama, ou o seu gato, ou o que quer. A maioria dos dias você está tendo um grande momento, mas quando as coisas vão mal, eles ficam muito ruins MESMO.
Desabafo. Ui.
que final de matéria é essa?!